Portugal tem excelentes técnicos superiores de diagnóstico que… emigram

Faltam técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica porque os que são formados no país – e em grande número em Coimbra – acabam por escolher a via da emigração por causa dos baixos salários em Portugal e pela baixa valorização das carreiras.
«Formamos técnicos suficientes para as nossas necessidades só que eles vão muito para o exterior, emigram», concluiu ontem Alda Pinto, à margem do 1.º encontro “Radiologia ao Centro”, que decorreu no Seminário Maior de Coimbra. Ao falar no final da sessão de abertura, a presidente do Congresso admitiu que falta em Portugal «valorização profissional» destes técnicos que atuam em áreas tão diversas, desde a radiologia às análises clínicas.
Já antes, na sessão de abertura, o presidente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde, Graciano Paulo, tinha, afirmado que «o país tem demorado muito tempo» a «reconhecer o papel destes profissionais», que frisou, são «do melhor que se produz a nível nacional». «Portugal é referência nesta área», garantiu, notando também que Coimbra, através da escola a que preside, «foi sempre o centro da transformação» na área da formação dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica.
«Não se faz saúde sem radiologia», exemplificou ainda, defendendo uma reorganização dos cuidados de saúde primários para reforçar a presença dos profissionais das tecnologias da saúde, numa lógica de bons serviços de proximidade. Aliás, Graciano Paulo disse não compreender os gastos, por exemplo, em transportes para a realização de exames que poderiam ser feitos nos centros de saúde. Um exemplo que deixou aproveitando a presença do presidente da nova Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra que, ele próprio, admitiu a necessidade de «descentralizar atividades».


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