Governo do Paraguai lança programa Fome Zero nas Escolas

O presidente do Paraguai, Santiago Peña (Partido Colorado), enviou ao Congresso do país projeto de lei que institui o programa Fome Zero nas Escolas e cria o Fundo Nacional de Alimentação Escolar (Fonae), que será abastecido com US$ 250 milhões (R$ 1,2 bilhão) em recursos, majoritariamente oriundos da diretoria paraguaia de Itaipu.

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O novo fundo substituirá o atual mecanismo de financiamento da merenda escolar, que também usa dinheiro repassado pela hidrelétrica do Rio Paraná, a título de compensação ao Paraguai pela energia vendida ao Brasil.

A gestão do Fonae será feita pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), que coordenará as licitações e a distribuição de dinheiro para os governos dos departamentos (estados) do país. Os municípios, por sua vez, terão apenas função operacional, deixando de promover licitações ou compras diretas dos produtos.

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Um dos objetivos declarados do governo paraguaio é reduzir os casos de irregularidades no fornecimento de alimentação aos estudantes, sendo constantes as denúncias de produtos superfaturados, de baixa qualidade ou fornecidos em quantidades insuficientes.

O projeto gerou críticas de prefeitos e governadores, que afirmam temer pela perda de autonomia. O assunto está sendo analisado no âmbito do Conselho dos Governadores, que reúne os administradores dos 17 departamentos (estados) do país. A intenção é definir uma postura conjunta em relação ao tema.

Outras reações contrárias vieram de instituições ligadas à ciência e à saúde, uma vez que o Fonae drenaria a totalidade dos atuais recursos do Fundo Nacional de Investimento Público e Desenvolvimento (Fonacide), que também financia órgãos como o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (Conacyt), o Fundo Nacional de Saúde (FNS) e a Agência Financeira de Desenvolvimento (AFD).

Segundo o gabinete do presidente Santiago Peña, contudo, não haverá perdas no atual exercício fiscal e as questões hoje pendentes seriam solucionadas para o orçamento de 2025, com a redefinição das fontes de financiamento. Na avaliação do governo, há votos suficientes para a aprovação da matéria no Legislativo.

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