um clima estranho entre Brasil e Paraguai


Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, descartou aumento nas tarifas de energia elétrica por causa das negociações com o Paraguai.

O caso envolve a energia produzida na Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional, que teve contrato vencido no último ano.

Na tarde desta sexta-feira, 26, Silveira afirmou que o Brasil será “extremamente rigoroso” na análise das tarifas de energia elétrica

Segundo o ministro, o Brasil não está disposto a aumentar o preço da energia de Itaipu, como querem os paraguaios.

Reunião

Na segunda-feira, 29, uma reunião entre lideranças brasileiras e paraguaias deve discutir o assunto.

Desde o ano passado, o assunto é motivo de estremecimento entre os dois países.

Também de acordo com o diretor, as negociações serão conduzidas pelos ministérios de Relações Exteriores de ambos os países.

Santiago Peña assumiu o Paraguai este ano defendendo o estreitamento de laços com o Brasil. Um dos desafios da gestão dele são as negociações sobre a repactuação da Usina de Itaipu.

Ameaça

Em meio ao embate sobre o valor da tarifa da energia gerada pela Itaipu Binacional, o governo brasileiro ameaçou rescindir o acordo que obriga o Brasil a comprar a energia elétrica que não é consumida pelos paraguaios.

A crise pode afetar muito mais o Paraguai, já que o país é economicamente dependente de Itaipu.

O governo vizinho pretende forçar uma revisão dos valores pagos pelo Brasil para a aquisição do excedente de energia elétrica da margem paraguaia da usina. Como não utiliza tudo que produz, o Paraguai pode comerciar o excedente, mas exclusivamente com o Brasil por força do Tratado de Itaipu, fixado há 50 anos.

O valor praticado é de 16,71 dólares por kilowatt (kW), mas o presidente Santiago Peña quer superar a marca dos 20 dólares. Ele e o presidente Lula (PT) se reuniram na na semana passada para tratar do tema. A reunião foi demorada, mas não houve avanço nas negociações.

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