Maxi Pereira: «Sempre fui bem tratado em Portugal» – Allianz Cup

A vida de Maxi Pereira mudou radicalmente desde que decidiu terminar a carreira no final de maio de 2023, ao serviço do River Plate do Uruguai. Deixou o seu país e instalou-se no Porto, juntamente com a mulher e os quatro filhos: duas meninas e dois rapazes gémeos, jogadores de futebol. Tirou o curso de treinador no Uruguai, mas, para já, não contem com ele para isso. “Na realidade, ainda não sei bem o que vou fazer”, admite a Record o antigo defesa uruguaio que tem desfrutado de tempo de qualidade com a família, algo que nem sempre foi possível durante os 20 anos de carreira, 12 deles passados em Portugal ao serviço de Benfica e FC Porto.

“Voltámos em junho para o Porto e estamos lá a viver. Está a correr muito bem. Sempre tive uma simpatia muito grande por Portugal, fui sempre bem tratado aqui. A minha família é muito feliz neste país e isso é o mais importante”, disse Maxi ao nosso jornal agora no papel de embaixador da Liga, durante o jogo das estrelas em Leiria, na fan zone no centro da cidade. “A Allianz Cup é uma competição muito bonita e tive a sorte de a vencer por mais do que uma vez. Agora estou a desfrutar, mas num papel diferente”, conta o antigo defesa, vencedor da troféu por seis vezes, todos ao serviço do Benfica [Luisão é o recordista, com sete].

Sem arrependimentos

Um dos momentos mais marcantes da carreira de Maxi Pereira é a saída do Benfica para o FC Porto em 2015, ano em que terminou contrato com as águias. O antigo defesa é o segundo estrangeiro com mais jogos pelo clube da Luz (333, apenas atrás de Luisão). Vive de consciência tranquila, mas percebe a insatisfação dos adeptos encarnados. “Tomei uma decisão da qual nunca me arrependi. Naquele momento estava convencido que era a decisão correta. Percebo que os adeptos do Benfica me vejam como o jogador que foi para o rival e que não foi uma boa opção, mas também não posso andar a explicar a cada adepto a maneira como a saída se dá. Para mim é um assunto fechado, já lá vão muitos anos”, recorda o uruguaio que completa 40 anos em junho. 

“Zalazar preparado para dar o salto”

Há um uruguaio que tem dado nas vistas no campeonato português. Rodrigo Zalazar, médio do Sp. Braga, não passa despercebido a Maxi Pereira. “O pai dele [José Zalazar] foi um grandíssimo jogador e o Rodrigo tem algumas das qualidades do pai, como o drible. Está a ganhar cada vez mais confiança e como uruguaio sinto-me contente por estar a deixar a sua marca. Está preparado para jogar num dos ‘grandes’ de Portugal, apesar do Sp. Braga ser um grande clube.”

Elogios para dois benfiquistas

Quando aterrou em Lisboa, Maxi Pereira partilhou o balneário com duas figuras do atual Benfica: Rui Costa, presidente do clube, e Di María, o jogador mais mediático da equipa. “Tive a sorte de jogar com o Rui no meu primeiro ano, época em que ele se retira. Foi excelente desfrutar de uma temporada com ele. Naquele primeiro ano jogava a médio e muitas vezes fazia dupla com ele. Foi um jogador que me marcou”, disse o uruguaio que também elogiou Di María. “Quando joguei com ele, não era o jogador que é hoje. Evoluiu muito e agora vive uma fase da carreira mais tranquila”, assinala. 

Rúben Amorim seria treinador

Maxi Pereira deixou elogios a Rúben Amorim, com quem conviveu no Benfica. O trilho que seguiu enquanto treinador já se fazia prever no balneário das águias. “Dava para perceber que ia dar treinador pela forma como se dirigia, como percebia o futebol e captava as ordens do treinador. O Jorge Jesus em palestras dizia que ele era um jogador que podia ser treinador no futuro. No primeiro momento surpreendeu-me quando começou no Sp. Braga, meteu a equipa a jogar a equipa de forma diferente. No Sporting está a fazer um trabalho espetacular, são sérios candidatos a ganhar a Liga.” 



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