© Reuters. Primeiro-ministro interino do Haiti, Ariel Henry
18/10/2023
REUTERS/Blair Gable
PORTO PRÍNCIPE (Reuters) – A capital do Haiti, Porto Príncipe, estava em “lockdown” nesta quinta-feira, com barricadas em chamas em vários bairros obrigando a população a ficar onde estava ou voltar para casa, no mais recente caso de violência causado por gangues do país caribenho. Ruas foram bloqueadas por pneus e pedras em chamas, lançando no céu enormes colunas de fumaça preta em várias regiões da cidade, de acordo com testemunhas da Reuters. Não estava imediatamente claro quem está por trás dos atos na região de Solino, que começaram há alguns dias. Analistas afirmam que a violência tem crescido há meses, com gangues brigando por poder e colocando pressão no primeiro-ministro interino, Ariel Henry, antes do prazo de 7 de fevereiro para a obtenção de um acordo político que consolide seu poder. Pierre Esperance, da rede de direitos humanos RNDDH, afirmou que duas dúzias de mortes foram reportadas em Solino, um bairro pobre da capital, desde o fim de semana. “A polícia não aparece. A força física pública não está presente”, afirmou. “E a população em (outras) áreas bloqueou as ruas em solidariedade a Solino.” Os atos de violência ocorrem um pouco antes de uma decisão judicial esperada para 26 de janeiro, que tratará da possível chegada de uma força multinacional liderada pelo Quênia para conter a violência entre gangues do país, uma dos mais pobres do mundo ocidental. Henry enfrenta vários grupos que tentam removê-lo do poder, incluindo Guy Philippe, um ex-rebelde condenado por crimes nos Estados Unidos. Não há data prevista para a próxima eleição presidencial. (Reportagem de Harold Isaac)
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