A inquietação foi manifestada pelo presidente da UCID, João Santos Luís, durante a declaração política, tendo sublinhando que a vida dos cabo-verdianos está hoje mais “difícil” com o aumento do custo da energia e da água a partir de 01 de Janeiro, não obstante o aumento de 25% das tarifas de transporte marítimo de mercadorias de passageiros no final do ano passado.
“Esta declaração política tem como objetivo alertar o Governo sobre os desafios que se colocam ao mundo no ano de 2024, é que Cabo Verde deve estar preparado para responder equacionando medidas que mitiguem o impacto das pressões externas que o país poderá vir a estar sujeito junto da população cabo-verdiana”, apontou.
Segundo disse, o conflito no Médio Oriente, a guerra entre a Ucrânia e a Rússia, os golpes de estado e conflitos em vários países da região são situações que poderão implicar o aumento do produto e o disparo da taxa de inflação a nível mundial.
Perante este cenário, a UCID considera que o país ainda está a tempo de criar condições para encontrar eventuais cenários de mitigação que lhe permita ter uma almofada de amortecimento dos choques externos que poderão vir a acontecer fase à situação e os sinais que o mundo fora vem assistindo.
Neste sentido, a União Cabo-verdiana Independente e Democrática elencou uma série de medidas que poderão ajudar o país a enfrentar esses desafios, realçando que os investimentos no sector primário da economia poderão incrementar a base produtiva e o aumento da competitividade da economia cabo-verdiana.
“A valorização e a elevação do sector agrícola nacional, com a introdução de tecnologias modernas de irrigação e de cultivo, prevendo o melhoramento da cadeia alimentar em todos os níveis, é um desígnio nacional desde há muito aguardado pelos profissionais do sector”, sublinhou.
Uma grande aposta na formação dos recursos humanos, a introdução das tecnologias modernas no sector da pesca, desde a aquisição de navios com condições de captura em mar alto e a maiores profundidades, bem como a criação de condições de conservação e armazenamento do pescado, é entre outras medidas apontadas por este responsável.
A UCID realça ainda que a aposta e modernização nos sectores de transformação da economia afigura-se como uma medida importante e uma premente necessidade para garantir um bom desempenho do sector primário.
“O aumento da capacidade de disponibilização de água para a agricultura nas ilhas com maior potencialidade e produtividade para a prática agrícola é fundamental para o desenvolvimento do sector”, disse o deputado que pediu uma atenção especial aos projetos de acupuntura em curso, nomeadamente o projeto da Fazenda Camarão em São Vicente.
Para João Santos Luís, a Zona Económica Exclusiva Marítima de São Vicente deve ser promovida a ponto de assumir maior dinamismo no contexto do desenvolvimento da economia azul.
Inforpress
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