Em Moçambique, a União Europeia tem no terreno uma missão de treino que forma instrutores moçambicanos, sobretudo para militares na linha da frente em Cabo Delgado, no norte, palco de um conflito ligado a movimentos terroristas.
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O protocolo activo desde Setembro de 2022 deve ser revisto até ao final do ano, como garantia nesta segunda-feira em Maputo, a ministra portuguesa da defesa, Helena Carreiras:
Helena Carreiras, Ministra Portuguesa da Defesa, 19/12/2023
“Há que dar uma continuidade a esta missão que está em fase agora de reavaliação. Os próximos meses serão meses importantes. Já temos vindo a trabalhar com os nossos parceiros, partilhando aquela que é também a posição de Moçambique, no sentido de que esta missão tenha uma continuidade, seja nestes moldes ou em moldes revistos. Mas o mais importante é mesmo que todos entendemos e, acreditamos que na União Europeia os nossos parceiros o entenderão também, que há que capitalizar e aproveitar o esforço que foi já investido na formação destas onze companhias, ampliando esse trabalho à área da consolidação e da manutenção deste ciclo operacional, quer do ponto de vista da formação das pessoas, dos homens e mulheres que estão no terreno, quer do próprio equipamento, porque é um desafio grande poder sustentar, manter estes equipamentos e articular formas de organização e planeamento adequadas para o futuro deste trabalho.”
O seu anfitrião e homólogo, o ministro moçambicano da defesa, Cristóvão Chume, declarou que a situação em Cabo Delgado estaria a registar melhorias.
Ouçamo-lo em declarações à agência Lusa:
Cristovão Chume, Ministro Moçambicano da Defesa, 19/12/2023
“Há uma grande evolução positiva no teatro de operações. Hoje podemos assistir a uma maior estabilidade na província de Cabo Delgado, principalmente nas áreas que estavam profundamente afectadas pelo terrorismo e, um dos sinais quando há segurança, é o retorno das pessoas. Portanto, para nós o barómetro da estabilidade em Cabo Delgado é a quantidade de pessoas que estão a retornar às suas zonas de origem. E naturalmente que nós temos que continuar, como governo, a melhorar as condições básicas para que as populações que já perderam quase tudo, foram destruídas casas, perderam “machambas”, entre outros, possam ter condições mínimas para o seu sustento. Mas, de um modo geral, podemos dar referências de que há estabilidade em Cabo Delgado.”
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