O “boxeur”, que compete a nível amador nos campeonatos da Suíça, onde disse que a modalidade tem vindo a ganhar uma notável ascendência, avançou à Inforpress que ao descobrir Cabo Verde decidiu viajar por estas ilhas para aproveitar o bom clima e a estabilidade que se faz sentir, para fugir o Inverno rigoroso do seu país e ganhar técnica.
O atleta, que treina na Suíça com um especialista crioulo, disse que já se sente recompensado, convicto que vai regressar à competitividade num ritmo muito mais elevado.
Arthur Enzo explicou que está determinado e bem avançado no sentido de tornar-se pugilista profissional, pelo que considerou uma mais-valia trabalhar, durante duas semanas num país cujo clima favorece laborar ao longo do ano e, ao mesmo tempo, ganhar novas experiências com aquele que já foi pugilista olímpico.
O suíço explicou que veio do centro de treinamento de alto rendimento daquele país europeu, onde disse ter trabalhado muito a nível técnico, seguido de “teste-match”, mas que em Cabo Verde, que tem estado a aperfeiçoar uma nova técnica e um novo estilo de combate, num dos ginásios privados da capital, por sinal do professor Johnson, está a ser desafiante.
“Está a ser muito interessante o meu primeiro trabalho fora da Suíça. É uma maneira diferente, estou aqui precisamente para treinar e se surgir oportunidades para alguns combates não hesitarei, porque vai ser sempre uma outra aprendizagem, já que o meu objetivo primordial é me tornar profissional e representar Suíça nos maiores palcos do mundo”, realçou.
Considerando que Cabo Verde faz calor ao longo do ano, Enzo disse que já se sente “mais experiente do que aquando da sua chegada ao país”, alegando que no boxe na sua terra há muitos atletas com o mesmo estilo de combate, “muito diferente, mais compacto, mais duro, um boxe mais avançado”, mas que no arquipélago está a ganhar uma nova metodologia para se associar as suas destrezas.
Já o antigo pugilista Flávio Furtado, o primeiro atleta cabo-verdiano a se qualificar para os Jogos Olímpicos por mérito próprio, disse que o boxe se afigura como um desporto com muita ligação, a nível familiar e que a vinda da Arthur Enzo a Cabo Verde para se treinar, prova que o país tem uma dimensão muito grande e que precisa ser mais aproveitado.
“É um bom exemplo. Os jovens devem acreditar nas suas potencialidades porque já temos um campo aberto para trabalhar e conquistar os seus sonhos. É importante um intercâmbio deste género”, explicou Furtado, que reclama o que considerou tratar-se de “uma autêntica miragem o boxe nacional” por falta de um trabalho de continuidade e de um projeto desportivo à altura do exigido.
Inforpress
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