O Paraguai encerrará o ano de 2023 com a menor taxa de inflação entre os países da Tríplice Fronteira. Segundo o relatório divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Central do Paraguai, a inflação total do país foi de 3,7%, significativamente abaixo dos 8,1% registrados em 2022.
A inflação subjacente, que desconsidera os efeitos sazonais, também apresentou queda, atingindo 3,6%, comparado aos 6,2% do ano anterior. O resultado consolidado inclui o último mês do ano, dezembro, que registrou uma inflação de 0,3%.
Ao analisar a inflação mensal ao longo de 2023, janeiro se destacou com o maior índice, atingindo 1,2%. Nos meses seguintes, setembro, fevereiro e outubro, a inflação se manteve em 0,5%. Nos demais meses, os índices foram próximos ou inferiores a 0%.
No cenário dos produtos que mais impactaram a inflação em dezembro, os alimentos lideraram, seguidos pelos serviços e bens essenciais. As frutas e legumes apresentaram uma variação homóloga de 17,5%, enquanto a carne bovina teve um aumento médio de 1,9%, com destaques para a costela de primeira, bife e fraldinha, que subiram 5%, 4% e 2,7%, respectivamente.
As carnes de aves e suína também tiveram aumentos, com variações de 1,4% e 2,9%, respectivamente. Por outro lado, os combustíveis apresentaram uma média de redução de 2%, assim como o gás doméstico, que teve uma diminuição de -0,3%.
Apesar da desaceleração, o relatório do Banco Central do Paraguai indica que os níveis de preços no consumidor permanecem elevados, indicando que o nível de inflação em dezembro está acima do observado no mesmo mês de 2022 (-0,2%).
Situação Contrastante na Tríplice Fronteira
Enquanto o Paraguai comemora a redução da inflação, o Brasil também fez a lição de casa e encerra o ano com uma inflação prévia de 4,72%, abaixo dos 5,90% de 2022. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, registrou 0,40% em dezembro, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira(28).
Já a Argentina enfrenta uma situação oposta, com o Banco Central do país projetando uma inflação de cerca de 180% para o ano de 2023. Em outubro, a inflação mensal atingiu 8,3%, e o índice interanual de novembro alcançou 160,9%, acumulando 148,2% nos onze meses do ano. O novo governo argentino destaca a necessidade de eliminar distorções na economia e cortar gastos públicos como medidas para combater a inflação. (Com agências)
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