Fuzis apreendidos no Paraguai tinham inscrição do maior contrabandista de armas da América do Sul; metralhadora que derruba avião também foi apreendida | Oeste e Sudoeste
Arsenal com armas capazes de derrubar aeronaves foram apreendidas em operação no Paraguai
Para a secretaria, isto é indicativo de que as armas manuseadas pela empresa acabam nas mãos de criminosos de várias regiões.
Caminhões e caminhonetes que eram utilizados para o transporte do armamento e de drogas também foram apreendidos, segundo a polícia paraguaia.
Outras 10 pessoas também foram presas. Entenda mais abaixo.
Em 5 de dezembro, em Assunção, no Paraguai, Diego Dirísio foi o principal alvo de uma operação contra um grupo suspeito de entregar 43 mil armas para os chefes das maiores facções do Brasil, movimentando R$ 1,2 bilhão.
Segundo as investigações, Dirísio compra armas fabricadas em países como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia, para revender a criminosos brasileiros.
Paranaense ligado ao tráfico de armas para facções do RJ e SP
A operação de terça-feira (19), que apreendeu as armas de grosso calibre, se concentrou no estado de Canindeyú, que abriga a cidade onde Ricardo Luiz Picolotto foi preso – e também onde o grupo tinha maior atuação. A prisão foi em Salto Del Guairá, no limite com Guaíra, no oeste do Paraná.
Além de Ricardo, outras 10 pessoas foram presas, incluindo três brasileiros, conforme a polícia paraguaia. Houve confronto na operação e nove suspeitos foram mortos.
Segundo o ministro da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, Jalil Rachid, a organização criminosa que o paranaense integrava é bem estruturada, e o principal mercado do grupo criminoso é o Brasil. Entretanto, outros países também recebiam armas e drogas da facção.
Em nota, a defesa de Ricardo disse que ele é réu primário, ou seja, que não possui qualquer tipo de condenação e nem relação com outros crimes ou facções.
“Ricardo foi absolvido em sentença que já transitou em julgado, portanto, teve seu pedido de prisão revogado em junho de 2023. […] Ricardo está colaborando da melhor maneira possível para o esclarecimento dos fatos”, diz a nota.
O mapa a seguir mostra o local onde Picolotto foi preso, assim como o estado paraguaio de Canadeyu onde se concentraram as ações da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai e da Polícia Federal. Veja abaixo:
Funcionamento da organização criminosa
De acordo com a investigação, o grupo integrado pelo paranaense é chefiado por um paraguaio conhecido como “Macho”.
Além do tráfico internacional para facções do Rio de Janeiro e São Paulo, o grupo é investigado por assassinatos de policiais brasileiros e paraguaios.
Segundo a investigação, a organização se caracteriza por ações de extrema violência contra facções rivais e contra policiais.
No Brasil, Picolotto é investigado por tráfico de drogas e armas. No Paraguai, ele é apontado como sócio de criminosos presos com o arsenal e o responsável pelo fornecimento de armas para o grupo.
Na casa onde o paranaense morava também foram encontrados documentos falsos, rádios comunicadores, joias, armas, munição e coletes à prova de bala.
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