Número de crianças adotadas em Portugal sobe para valor mais alto dos últimos quatro anos – Executive Digest

2022 viu crescer, pelo segundo ano seguido, o número de crianças adotadas: ao todos, foram 212 as crianças que encontraram um novo lar em Portugal continental, o registo mais alto dos últimos quatro anos. Segundo dados do Instituto da Segurança Social (ISS), os números reforçam a tendência de inversão de queda no número de crianças face aos últimos anos.

Entre 2017 e 2022, foram entregues a uma família adotante 1.250 crianças. Por adoção plena entende-se a concretização do projeto de vida para a criança quando esta perde o apelido de origem e adquire o da família adotante e quando já não há recursos nos tribunais. Segundo Fernanda Salvaterra, do Instituto de Apoio à Criança, é o momento em que a criança pertence à família “como se tratasse de um filho biológico”.

No entanto, de acordo com a especialista, é preciso tomar atenção ao número de crianças institucionalizadas. “A adoção existe pelo superior interesse da criança, para dar famílias a crianças que perderam a sua. Temos de reduzir o número de crianças institucionalizadas e fazer com que as que estão vejam o seu projeto de vida definido o mais rapidamente possível”, referiu Fernanda Salvaterra, em declarações ao jornal ‘Público’.

O processo de adoção pode ser demorado e atualmente há 229 crianças à espera de uma família. “Os candidatos esperam muito tempo porque não há crianças que correspondam ao perfil que eles desejam. Um candidato que queira uma criança com cuja cor não se importa, com mais de sete anos e até admita alguns problemas de desenvolvimento rapidamente tem uma criança”, salientou a psicóloga do Instituto de Apoio à Criança.


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