A Guiné-Bissau está há duas semanas sem governo e sem Parlamento por ordem de um decreto presidencial publicado no passado dia 4 de Junho, pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló. Em Quinhamel, na região do Biombo, a população já sente os efeitos da instabilidade política do país.
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Com “a queda do governo e a dissolução da Assembleia” os guineenses vivem mais dificuldades económicas, conta Fildago Djú, que trabalha num restaurante em Quinhamel.
“Esta situação só nos vai trazer mais complicações em termos económicos. Antes vinham mais clientes ao restaurante, mas depois da dissolução da Assembleia e do governo há menos pessoas porque as pessoas estão com medo. Não quero entrar num discurso de dizer que vivemos numa ditadura, mas a tirania não pode reinar”, acredita.
Fildago Djú lamenta que os políticos não se preocupem com as condições de vida dos guineenses; “desde os anos 80 até agora, os políticos preocupam-se em comprar casa em França, Espanha, Inglaterra, mas não estão preocupados em resolver os problemas sociais do país”.
“Estamos numa quadra festiva e o dinheiro não está a circular. Com a queda do governo, o país está a caminha para o caos”, conclui.
“Vivemos muitos problemas. Um saco de arroz custa 23.000 FCA, 35 euros. Se não trabalhasse no campo, a minha vida seria muito mais difícil”, conta Renald, acrescentando que “quando eles [políticos] precisam de nós, durante as eleições, eles vêm até cá apresentar os programas, mas depois não fazem nada”, aponta Renaldo.
A instabilidade política tem agravado as condições de vida de muitos guineenses que se queixam de falta de recursos, trabalho e agora de não haver circulação de dinheiro.
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