Arqueólogos desenterraram pedreiras incas e uma rede de estradas até então desconhecida no Peru PQN
O Ministério da Cultura do Peru anunciou, no último dia 9 de dezembro, a descoberta de duas pedreiras incas e uma rede de estradas previamente desconhecida em Cerros de Quilmaná e Cerro Quinta Freno. Os achados ocorreram na província de Cañete, na região de Lima.
A equipe do Projeto Qhapaq Ñan – Sede Nacional foi quem identificou os achados. As pedreiras forneciam blocos para a construção de muros do tipo Inca Imperial em sítios incas. Já a rede de estradas foi projetada para facilitar o transporte dos blocos de pedra esculpidos.
Conforme o Ministério da Cultura do Peru, a descoberta dessa rede de caminhos incas e das pedreiras “oferece valiosas oportunidades de pesquisa, permitindo conhecer, estudar e explicar todo o processo relacionado à tecnologia aplicada pelos mestres pedreiros incas para extração, talhe e polimento das pedras líticas utilizadas em diversas obras imperiais.”
As descobertas também permitem reconhecer a importância dos caminhos como estruturas de transporte para os diferentes assentamentos incas localizados em territórios costeiros. Os blocos de pedra talhados também estavam associados a fragmentos de cerâmica, que “refletem a importância deste centro de produção para o Estado Inca no século 16”, segundo o ministério.
Até agora, as pedreiras encontradas são as únicas identificadas em toda a costa peruana. É possível que elas possam ter fornecido material para assentamentos incas como Pachacamac, ao norte, e La Centinela de Chincha, ao sul.
Os estudos ainda estão em andamento, mas os pesquisadores estimam que os blocos tenham sido transportados de Cañete até Paredones de Nasca, na costa peruana, a mais de 300 km de distância, através do caminho inca conhecido como “Caminho dos Llanos”.
Segundo o site Ancient Origins, uma nova expedição arqueológica está programada para 2024, com o objetivo principal de avaliar as pedreiras. Os arqueólogos esperam iniciar no futuro uma rota para visitações turísticas, pelo menos a uma das duas pedreiras, segundo o Ministério da Cultura do Peru.
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