A realização da 38ª edição da Romaria de Nossa Senhora de Guadalupe movimentou, neste domingo (22), cerca de cinco mil fiéis, no santuário localizado na Cascata. Com o lema Maria do Sim: Graça e Missão, as atividades começaram no início da manhã no Seminário São Francisco de Paula e se estenderam até a metade da tarde após a procissão motorizada. A celebração religiosa é uma das mais tradicionais da Região Sul, movimentando residentes de vários municípios e a Arquidiocese de Pelotas. Devido a dimensão do evento, em média os preparativos levam em torno de seis meses.
A partir da procissão, que saiu do Seminário às 7h, a concentração de romeiros percorrendo o Largo da Cascata a pé até o santuário para a missa, marcada para as 10h, já ultrapassava aproximadamente duas mil pessoas. Até o final da manhã, no local, a chegada de veículos e até mesmo de pedestres foi contínua. Uma das devotas, que acompanha a Romaria há 20 anos, vem do Capão do Leão com a família para o evento. Fernanda Vaz diz que para ela é um dia especial do ano, que oportuniza o agradecimento pelas bênçãos diárias e a renovação da fé. “É um dia de muita paz e tranquilidade”.
A dona de casa destaca ainda que para acompanhar a celebração não é preciso ser um devoto e que o ambiente é receptivo a todos que quiserem conhecer. “Tem que vir para ver, depois que vem um ano, a gente não tem mais vontade de faltar, vale a pena pelo local, é recompensador”. Da mesma forma, acompanhando as orações do outro lado do santuário, o aposentado Cláudio Gonçalves declara algo semelhante. Para ele, é um momento de reflexão e de esperança por dias melhores para todos. “Nesse mundo tão agitado que a gente vive hoje, a gente consegue refletir sobre o que estamos fazendo na nossa vida. É a renovação da fé e a esperança por um mundo melhor”.
Outra maneira de demonstrar a fé na Padroeira da América Latina é a peregrinação. Apesar de não ser uma atividade oficial da Romaria, o administrador Felipe Delgado, 41 anos, faz o trajeto de mais de 20 quilômetros a pé até o santuário, desde que era do grupo jovem de fiéis. Saindo da comunidade da Santa Terezinha às 5h, ele e mais sete pessoas chegaram na Cascata às 10h. “A mãe nos faz tanto que a gente tem que retribuir um pouco para ela, a caminhada é só um detalhe”, diz.

Membro da Paróquia Santo Antônio do Laranjal, ele destaca que uma das coisas às quais é grato é a “graça” de ter um santuário de Guadalupe no Município. “E a possibilidade de ter a romaria aqui também, muitas pessoas não têm isso”. Para Delgado, o local aproxima os fiéis da santidade.
Mesmo com a chuva intensa à tarde, as últimas atividades, que contavam com a oração do Rosário, bênção do Santíssimo Sacramento e bênção dos fiéis, foram realizadas normalmente. Reitor do Santuário, o padre Augusto Carriconde Marques Júnior diz que os últimos seis meses foram de preparações intensas para a recepção dos fiéis. “Foi muito bonito, o povo vindo aqui, rezando com muita devoção. É uma preparação que nos exige bastante, são várias equipes, para que tudo consiga fluir devidamente como deveria ser”.
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