Ministro das Comunidades exorta associações a repensar os projetos de geminação e cooperação em Cabo Verde
Jorge Santos fez este apelo durante o encontro entre os municípios de Cabo Verde e Portugal no âmbito do encerramento do projeto “Terras da Lusofonia” em representação dos 18 municípios, no Palácio do Governo, na cidade da Praia.
“Se no meu tempo era importante construir uma Unidade Sanitária de Base, no tempo deles as unidades já estão construídas, hoje as necessidades são outras, hoje o mais importante é o conhecimento, as trocas comerciais, desenvolvimento económico e qualidade de vida de cada município” defendeu, reiterando a necessidade de apresentar propostas inovadores e criar um espaço da lusofonia.
“Hoje somos um país de rendimento médio, mas a nossa ambição é ser desenvolvido e nunca será um país desenvolvido sem ter um poder local sólido, um poder local estruturado, democrático e com desenvolvimento”, alertou Jorge Santos.
Em balanço do encerramento da primeira fase do projeto, o presidente da Associação Nacional dos Municípios de Cabo Verde, Herménio Fernandes, disse que permitiu uma troca de experiência entre as associações envolvidas, acrescentando que foram desenvolvidas iniciativas com impacto direto no município da Ribeira Grande, de Santo Antão, e restantes ilhas.
A mesma fonte adiantou ainda que a segunda fase irá abarcar outros municípios uma vez que se trata de um importante instrumento que promove o desenvolvimento económico empresarial através da mobilização de fundos e investimentos externos.
“Esta iniciativa teve importantes resultados em matéria de formação e capacitação dos agentes de desenvolvimento local nos municípios e a realização de intercâmbios importantes entre os municípios da Ribeira Grande e municípios portugueses” assegurou, revelando que a associação vai apresentar novas propostas visando o reforço do intercâmbio empresarial.
“Somos um país aberto ao mundo, aberto ao investimento externo, entendemos que Portugal e Cabo Verde têm um corredor importante que permite mobilizar parcerias para o aproveitamento das oportunidades, queremos que haja trocas comerciais”, sustentou.
Por seu lado, o representante da Associação Nacional dos Municípios de Portugal, Pedro Ferreira, disse que o projeto tem fortalecido o diálogo entre os países lusófonos, considerando o mesmo de extrema importância para “criar um caminho de solidariedade e desenvolvimento económico”.
“Há 30 anos que temos uma germinação com Ribeira Grande, de Santo Antão, com resultados à vista, mas falando do momento e do futuro, tentamos com este encontro, onde estão 18 municípios aqui representados, procuramos todos o mesmo, numa altura que vemos o mundo desequilibrado”, asseverou.
No âmbito do projeto, revelou que vai ser inaugurada na localidade de Ponta do Sol, em Santo Antão, a primeira Casa da Lusofonia, realçando que o objetivo é ser uma referência em todo o país e “entrelaçar” o desenvolvimento entre os municípios.
Inforpress
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