Governo quer consolidar sector dos transportes e dar continuidade ao processo de revisão da legislação da aviação civil

O governante fez estas declarações em entrevista à Inforpress no âmbito da proposta do Orçamento de Estado (OE) para o ano económico de 2024 para conhecer as linhas gerais do OE e os projectos programados para serem executados no próximo ano no Ministério do Turismo e dos Transportes.

“Na área dos transportes aéreos, ou seja, da aviação civil, em 2024, queremos dar continuidade ao processo de revisão do quadro legal da aviação civil, ou seja, legislação da aviação civil, que consiste numa melhoria e numa facilitação e desburocratização das regras para tornar Cabo Verde um país mais competitivo, inserido naquilo que é a visão que nós temos que Cabo Verde deve se transformar numa plataforma aérea”, afirmou.

Salientou, que o executivo pretende apostar igualmente na criação de condições para a materialização da ilha do Sal como um hub aéreo, indicando que a perspectiva governamental é consolidar as transformações obtidas no referido sector.

No que diz respeito aos transportes internos, prosseguiu o ministro, o Governo quer continuar a apostar na melhoria da conectividade em parceria com o operador que é Bestfly, lamentando, por outro lado, o facto de a Cabo Verde Airlines ter sido muito fustigada pelos efeitos da pandemia.

“O Governo entendeu que mais uma vez deveria salvar a companhia por entender que esta empresa é uma peça importante para a estratégia de desenvolvimento do conceito de país-plataforma no Atlântico. E por sermos um país insular, que tem uma diáspora que hoje desempenha um papel determinante na economia cabo-verdiana e por também sermos um país em que tem o turismo como principal sector da economia”, assegurou.

Destacou as acções levadas a cabo pelo conselho de administração da CV Airlines através do plano de negócio da empresa, no sentido de garantir a estabilização e retoma das rotas tradicionais principalmente para os países onde estão as comunidades cabo-verdianas.

“Obviamente que o processo não é fácil porque trata-se de um sector capital intensivo, isto significa que exige um esforço financeiro grande. Mas nós entendemos que os efeitos e os proveitos que nós teremos a nível da economia nacional, a nível do bem-estar do povo cabo-verdiano, residentes e na diáspora, nós continuaremos a apostar na companhia”, frisou.

Congratulou-se, neste sentido, com a retoma das rotas para três destinos europeus, nomeadamente Portugal, França e Itália, informando que muito brevemente serão abertos os destinos para os Estados Unidos e para o Brasil.

“Creio que estamos numa fase de retoma, nós temos estado a fazer uma avaliação a par e passo e julgo que 2024 espera-nos um ano bom, com o crescimento da procura, que irá responder àquilo que nós queremos, que é ter procura para que a empresa comece a dar os seus passos sozinha”, realçou, afirmando, no entanto, que ainda nesta fase, o Governo tem que continuar a prestar o apoio à companhia.

O ministro considerou, entretanto, que 2024 poderá ser um ano de muitas incertezas a nível internacional, tendo em conta o contexto das guerras, tendo manifestado, contudo esperançoso que o próximo ano seja um ano do marco de um milhão de turistas chegados a Cabo Verde.

“Para podermos trazer outros nichos de mercados que possam vir a responder àquilo que é a diversificação que nós pretendemos, em que o empresariado cabo-verdiano pode ter um papel importante, designadamente o empresariado vindo da diáspora”, disse.

E esta diversificação, concluiu, está inserida naquilo que é a visão do turismo, que o Governo quer desenvolver, consolidar, realçando que a TACV pode ter um papel determinante para ajudar nessa diversificação e na ampliação do âmbito territorial do turismo em Cabo Verde.

Inforpress/Fim

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