Liga dos Direito Humanos denuncia ataques contra padeiros na Guiné-Bissau – África

Pão escasseia na Guiné-Bissau desde 24 de setembro.


A Liga Guineense dos Direitos Humanos denunciou esta segunda-feira ataques a padeiros na Guiné-Bissau durante o fim de semana e exortou o Governo a tomar medidas para manter a ordem pública e proteger os cidadãos.

O pão escasseia na Guiné-Bissau desde 24 de setembro, data da entrada em vigor da redução do preço imposta pelo Governo e que os padeiros tradicionais se recusam a praticar, enquanto não descer o preço da farinha.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos expressou esta segunda-feira, em comunicado, “enorme inquietação” com as denúncias que tem recebido “de assaltos às padarias nos dias 30 de setembro e 01 de outubro, supostamente pela inobservância do preço limite fixado pelo Governo, no âmbito dos esforços para conter a inflação no país”.

“De acordo com as denúncias, os ataques foram perpetrados por um grupo de jovens, nos bairros de Bissau, nomeadamente Quelelé, Bandim, Mindará, Npantcha, Luanda, tendo resultado em confrontos com os proprietários e destruição dos seus patrimónios”, descreveu.

A Liga exorta o Governo, em particular o Ministério do Interior, para “manter a ordem pública e proteger os cidadãos nacionais e estrangeiros e as suas propriedades, em especial os proprietários e funcionários das padarias ao nível nacional”.

Insta também a Polícia Judiciária e o Ministério Público a investigarem com vista a levar “à justiça os perpetradores desses atos inadmissíveis num Estado de Direito”.

A organização apela ainda “aos padeiros e demais operadores económicos no sentido de colaborarem com as autoridades nacionais na luta pelo controlo da inflação e redução de preços dos produtos da primeira necessidade”.

A medida de baixar o pão de 200 (0,30 euros) para 150 francos cfa (0,22 euros) e a farinha de 29.000 (44 euros), o saco de 50 quilos, para 24.600 (37 euros) foi tomada, a 12 de setembro, em Conselho de Ministros para vigorar a partir de 24 de setembro.

Os padeiros tradicionais protestaram contra a medida e foram recebidos pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, que os mandou continuar a vender o pão a 200 cfa, prometendo que iria iniciar conversações com o Governo e importadores.

Crédito: Link de origem

- Advertisement -

Comentários estão fechados.