quem representará as juntas militares no poder em África?

Das novas juntas militares no poder, apenas a Guiné Conakry se faz representar pelo Presidente de transição. Trata-se da primeira deslocação oficial de envergadura internacional desde o golpe de estado de 2021 do coronel Mamadi Doumbouya, que deverá exprimir-se na tribuna da ONU na quinta-feira, 21 de Setembro.

Momento, segundo os peritos, para tranquilizar os parceiros do processo de transição, no momento em que aumenta a contestação sociopolítica no país. Mamadi Doumbouya deve confirmar a manutenção ou adiamento da promessa feita de realização de eleições até ao fim do próximo ano.

O coronel Assimi Goïta encarregou o ministro dos Negócios Estrangeiros Abdoulaye Diop de representar o Mali, numa altura em que a Missão de Manutenção da Paz da ONU começa a fazer as malas, sob ordem das autoridades malianas.

O Burkina Faso, palco de dois golpes de estado em oito meses, está representado pelo ministro da Função Pública, Bassoli Bazié. Em representação do Gabão, o general Brice Oligui Nguema designou o seu primeiro-ministro Raymond Ndong Sima para marcar presença em Nova Iorque

Sobre o Níger, restam ainda dúvidas sobre se estará representado ou não. O Presidente Mohamed Bazoum, deposto, continua detido pelos golpistas e os elementos da junta militar liderada pelo general Adbourahamane Tiani não parecem ter sido convidados pelas Nações Unidas.

A Assembleia Geral da ONU vai servir para inúmeras reuniões bilaterais e também para reuniões sobre o Sahel. Além disso, há discursos de líderes africanos muito esperados neste encontro. Caso do discurso do Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, que preside a CEDEAO. Esta terça-feira à noite, Bola Tinubu deve avançar se o bloco regional vai ou não levar a cabo a ameaça de intervenção militar contra os golpistas do Níger.

Amanhã, quarta-feira, será a vez de Félix Tshisekedi (RDC) na tribuna da ONU provavelmente avançar sobre o calendário da saída dos capacetes azuis da Monusco.

Dos países africanos lusófonos, Angola é representada pelo Presidente João Lourenço, Cabo Verde pelo primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva, Guiné-Bissau pelo presidente Umaro Sissoco Embaló, Moçambique pelo Presidente Filipe Nyusi e São Tomé e Príncipe pelo primeiro-ministro Patrice Trovoada.

Reconstruindo a confiança e reacendendo a solidariedade global: acelerando a acção na Agenda 2030 e seus Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) rumo à paz, prosperidade, progresso e sustentabilidade para todas as pessoas“, é o tema do debate geral da 78a sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.

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