“Houve excesso de zelo, alguns exageros e pouco profissionalismo” reconheceu à agência de notícias Lusa Leonel Muchina, porta-voz da Polícia da República de Moçambique.
Leonel Muchina avança que foi aberto um inquérito para averiguar o caso, sublinhado que os agentes implicados “estão a ser disciplinarmente processados, mesmo pela má conduta”.
Em causa, um vídeo polémico que está a circular nas redes sociais onde se vê um homem a ser arrastado pelo carro da corporação numa rua da capital. O porta-voz da polícia explica que os agentes foram chamados ao local para “fazer a detenção deste agressor e quando chegamos ao local houve resistência”.
Leonel Muchina refere que foi o próprio indivíduo que se colocou debaixo da viatura, num acto de resistência à detenção, afastando um cenário de tentativa de assassínio.
“Não há nenhum sinal de tentativa de assassinato. O colega motorista arrancou e fez marcha atrás sem perceber que tinha alguém em baixo. Os outros colegas que surgem no vídeo estão a tentar puxar o indivíduo para que ele largasse aquela parte [da viatura] a que ele estava segurado”, notou.
O porta-voz da Polícia da República de Moçambique acrescenta que se trata de um indivíduo com histórico criminal e que reagiu dessa forma porque estava sob efeito de álcool.
“O próprio indivíduo fez um vídeo onde assuma que estava embriagado, que tinha consumido substâncias e reagiu dessa forma porque estava sob efeito do álcool. Trata-se de um indivíduo com um longo histórico criminal”, sublinhou.
Num comunicado enviado à comunicação social e a que a agência de notícias Lusa teve acesso, a acção da polícia é criticada pela sociedade e pela organização não-governamental Centro para Democracia e Desenvolvimento, dizendo tratar-se de “mais um acto de crueldade e desrespeito pelo direito à vida”.
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