A Redação
São Paulo –
A Fundação Bienal anuncia a lista completa de 121 participantes da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do
impossível, com curadoria de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, e o projeto espacial e expográfico da mostra, desenvolvido pelo escritório de arquitetura Vão.
Elenco completo
O anúncio da lista completa de participantes consolida a intensa pesquisa do coletivo curatorial sobre as urgências do mundo atual e revela os diferentes formatos, movimentos e compreensões do título coreografias do impossível. Com
Segundo os curadores: “Os participantes presentes nesta Bienal desafiam o impossível em suas mais variadas e incalculáveis formas. Vivem em contextos impossíveis, desenvolvem estratégias de contorno, atravessam limites e escapam
das impossibilidades do mundo em que vivem. Lidam com a violência total, a impossibilidade da vida em liberdade plena, as desigualdades, e suas expressões artísticas são transformadas pelas próprias impossibilidades do nosso tempo. Esta
Bienal abraça o impossível, as coreografias do impossível, como uma política de movimento e movimentos políticos entrelaçados nas expressões artísticas. É um convite a nos movermos por entre artistas que transcendem a ideia de um tempo
progressivo, linear e ocidental. A impossibilidade é o fio condutor e o principal critério que guia a seleção desses participantes”, disse.
Para José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, a mostra representa um novo capítulo e legado para a instituição. Ele enfatiza: “A 35a Bienal de São Paulo é um marco histórico que transcende as fronteiras do impossível. Estamos testemunhando a convergência de artistas excepcionais, ideias transformadoras e um diálogo incisivo sobre as questões urgentes do nosso tempo. Essa exposição se tornará um legado duradouro, inspirando gerações futuras e redefinindo os limites do que é possível na expressão artística”, descreve.
Lista completa
– Ahlam Shibli
– Aida Harika Yanomami, Edmar
Tokorino Yanomami e Roseane
Yariana Yanomami
– Aline Motta*
– Amador e Jr. Segurança
Patrimonial Ltda.
– Amos Gitaï
– Ana Pi e Taata Kwa Nkisi Mutá
Imê*
– Anna Boghiguian*
– Anne-Marie Schneider
– Archivo de la Memoria Trans (AMT)
– Arthur Bispo do Rosário
– Aurora Cursino dos Santos
– Ayrson Heráclito e Tiganá
Santana*
– Benvenuto Chavajay
– Bouchra Ouizguen*
– Cabello/Carceller
– Carlos Bunga
– Carmézia Emiliano
– Castiel Vitorino Brasileiro*
– Ceija Stojka
– Charles White
– Citra Sasmita
– Colectivo Ayllu
– Cozinha Ocupação 9 de Julho
– Daniel Lie*
– Daniel Lind-Ramos
– Davi Pontes e Wallace Ferreira
– Dayanita Singh*
– Deborah Anzinger*
– Denilson Baniwa*
– Denise Ferreira da Silva
– Diego Araúja e Laís Machado
– Duane Linklater*
– Edgar Calel
– Elda Cerrato*
– Elena Asins
– Elizabeth Catlett*
– Ellen Gallagher* e Edgar Cleijne
– Emanoel Araujo
– Eustáquio Neves
– flo6x8
– Francisco Toledo
– Frente 3 de Fevereiro*
– Gabriel Gentil Tukano*
– George Herriman
– Geraldine Javier*
– Grupo de Investigación en Arte
y Política (GIAP)
– Gloria Anzaldúa
– Guadalupe Maravilla
– Ibrahim Mahama
– Igshaan Adams*
– Ilze Wolff
– Inaicyra Falcão*
– Januário Jano
– Jesús Ruiz Durand
– John Woodrow Wilson
– Jorge Ribalta
– José Guadalupe Posada
– Juan van der Hamen y León
– Judith Scott
– Julien Creuzet*
– Kamal Aljafari
– Kapwani Kiwanga
– Katherine Dunham
– Kidlat Tahimik
– Leilah Weinraub*
– Leopoldo Méndez
– Luana Vitra
– Luiz de Abreu*
– MAHKU
– Malinche
– Manuel Chavajay*
– Margaret Taylor Goss
Burroughs
– Marilyn Boror Bor*
– Marlon Riggs
– Maya Deren
– M’barek Bouhchichi
– Melchor María Mercado
– Min Tanaka e François Pain
– Morzaniel ?ramari
– Mounira Al Solh*
– Nadal Walcot*
– Nadir Bouhmouch e Soumeya
Ait Ahmed*
– Nikau Hindin
– Niño de Elche*
– Nontsikelelo Mutiti*
– Patricia Gómez e María Jesús
González
– Pauline Boudry / Renate
Lorenz*
– Philip Rizk*
– Quilombo Cafundó
– Raquel Lima
– Ricardo Aleixo
– Rolando Castellón*
– Rommulo Vieira Conceição
– Rosa Gauditano
– Rosana Paulino*
– Rubem Valentim
– Rubiane Maia
– Sammy Baloji*
– Santu Mofokeng*
– Sarah Maldoror*
– Sauna Lésbica por Malu Avelar
com Ana Paula Mathias, Anna
Turra, Bárbara Esmenia e Marta
Supernova
– Senga Nengudi
– Sidney Amaral
– Simone Leigh e Madeleine
Hunt-Erhlich
– Sonia Gomes
– stanley brouwn*
– Stella do Patrocínio
– Tadáskía*
– Taller 4 Rojo
– Taller NN
– Tejal Shah*
– The Living and the Dead
Ensemble*
– Torkwase Dyson*
– Trinh T. Minh-Ha*
– Ubirajara Ferreira Braga
– Ventura Profana
– Wifredo Lam*
– Will Rawls
– Xica Manicongo
– Yto Barrada
– Zumví Arquivo Afro Fotográfico
Os nomes seguidos por * já foram anunciados na primeira lista parcial.
O cenário das coreografias do impossível: projeto arquitetônico
Para o desenvolvimento do projeto arquitetônico e expográfico da 35a Bienal de São Paulo, a renomada equipe do Vão foi convidada. Com uma trajetória marcante, o Vão se destaca por sua abordagem inovadora e premiada no campo da
arquitetura. Os sócios do escritório Anna Juni, Enk te Winkel e Gustavo Delonero são reconhecidos por sua habilidade em criar espaços que provocam a interação e a reflexão.
Com o projeto da 35a Bienal de São Paulo, o Vão propõe um olhar inovador sobre a coreografia do Pavilhão Ciccillo Matarazzo, explorando a relação entre o espaço expositivo e a experiência do visitante. O grupo teve como desafio enfrentar as
próprias convenções conceituais e estruturais modernistas do prédio, para assim criar um outro fluxo de movimento na relação entre obras e pessoas.
O projeto arquitetônico desenvolvido pelo Vão promete oferecer uma experiência nova para os visitantes do tradicional Pavilhão Ciccillo Matarazzo na 35a Bienal de São Paulo, convidando o público a explorar o espaço em uma nova visão do
mesmo: o vão central do Pavilhão da Bienal será inteiramente fechado pela primeira vez na história.
Para os arquitetos, a proposta vai além de um novo olhar sobre o icônico Pavilhão: “Buscamos, desde o princípio, um desenho que se colocasse entre o desejo de não reencenar a coreografia espacial existente mas que, ao mesmo tempo, não impusesse uma coreografia outra, totalmente desvinculada das suas lógicas internas. Para isso deveríamos dançar com o existente e com o disponível. Ou seja, para além da atenção em reutilizar os materiais remanescentes das antigas exposições, tínhamos como objetivo criar espaços a partir dos elementos construtivos que constituem o Pavilhão”, avalia.
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