O antigo ministro das Finanças de Moçambique deve ser extraditado para Nova Iorque na segunda ou terça-feira, 10 ou 11 de Julho, para enfrentar acusações norte-americanas sobre o seu papel no chamado escândalo das “dívidas ocultas”, que desviou dos cofres do Estado moçambicano mais de dois mil milhões de dólares.
Em declarações à agência de notícias lusa, a porta-voz do comando nacional da Polícia Sul-Africana (SAPS), Athlenda Mathe, confirmou que Manuel Chang vai ser “extraditado para os EUA, esta semana. Vamos entregá-lo ao FBI esta semana, agindo em conformidade com um pedido de extradição”.
De acordo com a porta-voz, o antigo titula da pasta das Finanças de Moçambique vai ser transferido “na segunda-feira ou terça-feira” pelo FBI [Federal Bureau of Investigation], unidade de polícia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, num avião especial.
Manuel Chang encontra-se detido na África do Sul desde o dia 29 de Dezembro de 2018, a pedido das autoridades norte-americanas. O antigo responsável pela pasta das Finanças foi detido no aeroporto de Joanesburgo, quando se preparava para viajar rumo a Dubai, com base num mandado de captura internacional emitido pelos Estados Unidos a 27 de Dezembro daquele mesmo ano.
Manuel Chang é acusado de ser um dos protagonistas do escândalo das “dívidas ocultas”, em que empresas públicas moçambicanas contraíram uma dívida de 2,7 mil milhões de dólares junto de instituições bancárias, nomeadamente, para a compra de barcos de pesca e de vigilância marítima, sem o conhecimento do parlamento durante o período 2013-2014.
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