Católicos percorrem as ruas à noite rezando e cantando
Já se passou metade do mês de maio e, pelas ruas centrais da cidade de Santo Antônio da Platina, também dos bairros e estradas rurais indo até Capelas, católicos realizam as tradicionais procissões marianas, conduzindo andores principalmente com a Imagem de Nossa Senhora Aparecida. Os fiéis recitam a oração do Terço, cantam músicas que enfatizam a importância da Mãe de Jesus demonstrando, numa atualidade tão discutida de fé, o quanto os platinenses se mantêm firmes neste testemunho de crença.
O município hoje conta com quatro Paróquias: Santo Antônio de Pádua (área central), Santa Filomena (Vila Claro), São Judas Tadeu (Conj. Hab. Dr. Jamidas) e São José (Jardim Colorado). Cada qual segue uma programação adequada às suas realidades.
Na Paróquia São José, onde é Pároco o jovem Padre platinense Héliton Ribeiro, as procissões saem das casas todas as noites. Na Paróquia Santa Filomena, há a recitação do Terço na Igreja Matriz; na Paróquia São Judas, é rezado o Terço todas os dias às 18 horas. Na Matriz há transmissão pelo Facebook e pelo YouTube da Paróquia.
Na Paróquia central da cidade, são dois andores que saem um da parte de cima da Igreja Matriz e, outro, da parte de baixo. Padres e religiosas acompanham o ato religioso todas as noites saindo de residências, escolas, órgãos públicos e indo até a Matriz à frente da Praça Frei Cristóvão.
Na Capela Nossa Senhora de Guadalupe, no Jardim do Sol, que pertence à Paróquia Santo Antônio de Pádua, a tradição consiste em todas as noites o andor sair de uma casa e seguindo em procissão até a Capela.
Ali se concluiu o rito mariano, se faz a leitura bíblica do Evangelho da Liturgia diária e, ao final, outra família leva o andor que na noite seguinte sai da casa com a presença dos fiéis indo até a Capela novamente, um ritmo repetido ao longo dos 31 dias do mês mariano. E, no dia 31, acontecem as coroações da Imagem de Nossa Senhora.
Crianças, adolescentes, jovens e adultos se misturam neste testemunho de fé, cantam, rezam, há um congraçamento comunitário e religioso.
Algumas crianças se vestem de anjinhos; coroinhas, cerimoniaristas, padres, ministros da Eucaristia, tomam à frente da recitação do Terço e, assim, as noites vão se passando e revelando o quanto a crença por esta vivência mariana se perpetua há décadas.


Esta forte tradição das procissões em maio – mês mariano e das mães – acredita-se que teria surgido por volta do século XII e, no Brasil, ocorre desde os tempos da colonização. São Filipe Neri, de Florença, na Itália, transmitiu aos cristãos como louvar a Mãe de Jesus e homenageá-la ao decorar sua imagem com flores – daí o andor – também rezar, cantar louvores e exaltar Cristo, o seu Filho. Portanto, os cristãos católicos dedicam um pouco do seu tempo para saudar a Mãe de Jesus. E, leva-se em conta que estas manifestações de fé por meio de procissões em maio são adaptadas de acordo com cada localidade.
Alguns teólogos argumentam que o mês mariano é um momento oportuno para conhecer mais sobre a Mãe de Jesus. Dizia São João Paulo II, ainda quando Papa, que “os fiéis cristãos precisam de uma boa catequese de Mariologia para saber a importância da devoção a Nossa Senhora”. E, o atual Papa Francisco disse em sua exortação Evangelii Gaudium (Alegria do Evangelho, 286) que: “Maria é a missionária que se aproxima de nós para nos acompanhar ao longo da vida, abrindo os corações à fé com o seu afeto materno”. E complementa ele: “Como uma verdadeira mãe, caminha conosco, luta conosco e aproxima-nos incessantemente do amor de Deus”.
Reportagem: Fábio Galhardi/Especial para o Npdiario

















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